Estudo do Parágrafo

06/03/2009
Turma: 1º 01 NOITE

Detalhe Aula
Aula:
Metodologia: Teórico-Prática

Conteúdo: Estudo do parágrafo

Comentário:

Caro aluno,
Os objetivos para esta aula são:
Estudar a estrutura e o desenvolvimento do parágrafo
Problemas gerais de língua culta: teoria e prática
Orientações para o estudo:
Os objetivos acima são contemplados por Othon M. Garcia na Terceira parte da obra, Comunicação em Prosa
Moderna, nos capítulos I - O parágrafo como unidade de composição- e II – Como desenvolver o parágrafo.
Você deverá estudar esses capítulos.
Coloquei em material, uma pequena introdução sobre o estudo do parágrafo e alguns exercícios, que você
deverá fazer no próprio caderno e trazer para o próximo encontro presencial e apresentá-lo ao professor.
Anotem também as prováveis dúvidas e tragam para discutirmos em sala.
Como estamos tendo mais aulas a distância que presenciais, conto com seu empenho e disciplina, se seguirem
as orientações e realizarem as tarefas aprenderão bastante.
Prof. Silvio.

Descrição
Estudo do parágrafo

Frase oração e período

18/02/09

Aspectos teóricos:

Definição:

De acordo com Othon M. Garcia:
Frase é todo enunciado sufici-ente por si mesmo para estabelecer comunicação. Pode expressar um juízo, indicar uma ação, estado ou fenômeno, transmitir um apelo, uma ordem ou exteriorizar emoções.”

A oração:
“Oração, às vezes, é sinônimo de frase ou de período (simples) quando encerra um pensamento completo e vem limitada por ponto-final, ponto –de - interrogação, de -exclamação e, em certos casos, por reticências.”

Gramaticalidade:
A construção da frase:

Segundo Garcia, dentro da liberdade de combinações discursivas (oral e escrita) há certos limites impostos pela gramática, que impedem a invenção de uma nova língua a cada momento.

Construção e sentidoAspectos a serem observados na frase:

-Gramaticalidade
-Correção gramatical
-Inteligibilidade

“A linguagem é comunicação, e nada é comunicação se o discurso não é compreendido.”

Outras visões:

O lingüista Mattoso Câmara declara ser a frase um discurso. Quando há um falante dirigindo-se a um ou mais ouvintes em uma situação concreta.
Acrescenta poder ser a frase representada por uma palavra ou grupo de palavras. Esse autor distingue a palavra em estado de dicionário da palavra frase, pela entonação e pelo propósito definido.

Linguagem escrita:
Na linguagem escrita a entonação é assinalada, tanto quanto possível pela pontuação;
O prof. Mattoso diz que, já no latim, há frases nominais (centradas no nome) e frases verbais (centradas no verbo).

Outras visões

Já o gramático Rocha Lima afirma que a frase varia muito em extensão, pois apresenta desde uma palavra até vários conceitos encadeados. É a situação em que ocorre uma palavra que faz dela uma frase.

Tipos de frases:

Rocha Lima assinala que há cinco tipos de frase:

Declarativa – pode ser:
Afirmativa:
-Ex: Meus amigos desperdiçam o tempo enquanto eu estudo.
Negativa:
-Ex: Não devo faltar à aula.

Interrogativa:

Afirmativa:
-Ex: Carolina veio hoje?
Negativa:
-Ex: Por que você não estudou?
-Ex: Quem fez isso?

Obs: Não há em português uma seqüência obrigatória dos elementos na frase interrogativa, como ocorre em outras línguas. A escolha de uma ou outra forma é uma questão de expressividade.

Exclamativa:
“Socorro!”
“Meu Deus!”
Imperativa:
“Corra!”
“Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste!”
Indicativa:
“Borracharia a cem metros”.

Pode-se concluir:

Frase: todo enunciado de comunicação com sentido;
Frase nominal: não apresenta verbo;
Oração: enunciado que se forma com um verbo ou locução verbal;
Período pode ser:
Simples: formado por uma oração;
Composto: formado por duas ou mais orações.

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO:

Sujeito e predicado
Sujeito: termo sobre o qual se declara algo, normalmente expresso por substantivo ou pronome.
Predicado: parte da oração que contém a declaração ou informação sobre o sujeito.


Tipos de sujeito:

O sujeito (palavra com a qual concorda o verbo) pode ser:
Simples: apresenta um núcleo.
-Ex: Maria foi ao cinema.
Composto: apresenta mais de um núcleo.
-Ex: Carla e Maria foram ao cinema.

Oculto: não explícito, porém identificável. Ocorre freqüentemente em português, principalmente nas primeiras pessoas pela riqueza de flexões verbais.
Ex.: Estudamos muito para a prova de linguagem.
Indeterminado: não explícito nem identificável. O fato é mais importante a relatar do que o sujeito.
-Ex.: Precisa-se de técnicos em informática.
Derrubaram muitas árvores.

Orações sem sujeito:

Ocorrem orações sem sujeito quando se relata pura e simplesmente o fato. Acontece em português com os chamados verbos impessoais:

Verbos que indicam fenômenos da natureza (ventou, trovejou).
-Ex.: Ventava forte naquela noite.

Verbos que indicam marcações de horas, datas, distâncias (haver, fazer, ir, ser).
-Ex.: Faz muito tempo que não o vejo.
Morei no Rio há cerca de dez anos.
Ia o tempo da Primeira República.
Era um período de inverno rigoroso.
Verbo haver com o sentido de existir.
-Ex.: Há muito o que fazer neste semestre.

Predicado:

A NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) registra as modalidades:
Verbal: o núcleo é um verbo com sentido completo (intransitivo), ou um verbo que necessita de outro elemento para completar-lhe o sentido (transitivo).
Ex.: Os índios perderam grande parte de sua cultura.

Nominal: tem por núcleo um nome, que se prende ao sujeito por uma classe especial de verbos denominados verbos de ligação (ser, estar, parecer, ficar, continuar, permanecer, em alguns casos andar).
-Ex.: A fiscalização das rodovias permanece intensa.

Verbo - nominal: reúne os dois tipos, apresenta um verbo intransitivo ou transitivo e um nome que vai qualificar o sujeito ou o objeto.
-Ex: O trem chegou atrasado.-Encontraram o soldado ferido.